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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Hoje, caiu em minhas mãos um pequeno texto sobre como agir diante de uma crise convulsiva. Li com atenção e me recordei que durante muitos anos eu não saí de perto de meu filho, por causa da iminência de uma crise convulsiva. Felizmente, nunca aconteceu e, gradativamente, eu fui relaxando. Durante muito tempo, renunciei à minha dinâmica profissional, tanto porque criar filhos sozinho exige presença, quanto porque uma crise convulsiva sempre foi um fantasma a me assombrar. Estar longe do meu filhote foi uma realidade construída gradativamente por mim. Quando, ele já adulto, eu o enviei sozinho para um intercâmbio na cidade de Vancouver, no Canadá, eu me senti absolutamente doido e irresponsável. Na verdade, alguns anos antes disso, eu já o havia enviado para um "English Camp" no interior de São Paulo. Foi a primeira vez que nos distanciamos, de fato, ele ele tinha 16 anos. Ficar de olho na construção da autonomia do cara sempre foi uma das minhas metas e, mesmo ele me mostrando todo o tempo que não havia nada a se preocupar, que ele de fato era um caso raro por não ter nada, minha segurança sempre foi construída aos poucos. Recentemente, em junho de 2012, ele foi de novo só para o exterior, desta vez para a cidade de Londres. Fiquei doido porque ele não é muito de dar notícias. De vez em quando eu via fotos dele no Facebook, em festas, boites, com a galera que ele conheceu lá. Em cada vez, a minha reação era a mesma: eu sorria e me comprazia. Mas, eu não posso deixar de pensar em todos os pais e mães que lidam com filhos com Esclerose Tuberose de Bourneville e que têm crises convulsivas de forma sistemática. A esses pais e mães eu dedico o meu bom dia! Aliás, hoje é dia da árvore e nada como uma árvore sólida, grande, frondosa e generosa para embalar este meu "post".

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